808 research outputs found

    Does the Principle of Compositionality Explain Productivity? For a Pluralist View of the Role of Formal Languages as Models

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    One of the main motivations for having a compositional semantics is the account of the productivity of natural languages. Formal languages are often part of the account of productivity, i.e., of how beings with finite capaci- ties are able to produce and understand a potentially infinite number of sen- tences, by offering a model of this process. This account of productivity con- sists in the generation of proofs in a formal system, that is taken to represent the way speakers grasp the meaning of an indefinite number of sentences. The informational basis is restricted to what is represented in the lexicon. This constraint is considered as a requirement for the account of productivity, or at least of an important feature of productivity, namely, that we can grasp auto- matically the meaning of a huge number of complex expressions, far beyond what can be memorized. However, empirical results in psycholinguistics, and especially particular patterns of ERP, show that the brain integrates informa- tion of different sources very fast, without any felt effort on the part of the speaker. This shows that formal procedures do not explain productivity. How- ever, formal models are still useful in the account of how we get at the seman- tic value of a complex expression, once we have the meanings of its parts, even if there is no formal explanation of how we get at those meanings. A practice-oriented view of modeling gives an adequate interpretation of this re- sult: formal compositional semantics may be a useful model for some ex- planatory purposes concerning natural languages, without being a good model for dealing with other explananda

    Uma nota sobre uma teoria medieval acerca de inexistentes

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    Algumas soluções medievais para o sofisma ´omnis homo de necessitate est animal´ postulam um tipo especial de ser, o ser da essência (esse essentiae), que explica como uma predicação necessária pode ser verdadeira sobre seres cuja existência é contingente. O ser da essência, distinto do ser efetivo (esse actuale), admite apenas propriedades necessárias. Deste traço se seguem duas diferenças em relação a teorias meinonguianas acerca do não ser. Inicialmente, segundo Meinong, o tipo de propriedade de um objeto é independente de ele existir – o chamado ´Princípio da Independência´. Além disto, o ser da essência não é parte da explicação da intencionalidade. Teorias medievais que julgam dever explicar a intencionalidade pela postulação de um tipo especial de ser não o fazem pela postulação do esse essentiae. Objetos meinoinguianos, por seu vez, servem para explicar tanto a intencionalidade quanto a distribuição intuitiva de valores de verdade para sentenças sobre inexistentes

    A explicação ockamiana de proposições passadas, ou instruções para um aprendiz

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    Na semântica ockhamiana, o predicado 'verdadeiro' deriva de uma outra relação semântica mais fundamental, a relação de suposição. O autor mostra como esta relação de dependência entre dois predicados semânticos figura na análise das condições de verdade de proposições passadas, um modelo que pode ser estendido a proposições futuras e possíveis. O texto procura indicar como a explicação das condições de verdade de proposições possíveis situa a semântica das modalidades aléticas em continuidade com a semântica de proposições não presentes. Este último ponto ganha em interesse se o colocarmos ao lado de um outro aspecto da teoria modal ockhamiana, a saber, o fato de modalidades serem definidas como todo termo que pode ser predicado de proposições inteiras. Como conclusão, o autor expõe os diferentes níveis de análise de modalidades aléticas, dentro do quadro teórico ockhamiano. AbstractWithin the ockhamist semantics, the predicate 'true' is explained by another more basic semantical relation, the relation of supposition. The author shows how this relationship between two semantical predicates figures in the analysis of the truth-conditions of propositions about the past, and demonstrates that it is a model that can be extended to propositions about both the future and the possible. The author indicates how the semantics of alethic modalities is in continuity with the semantics of propositions about the past and about the future. If we consider another aspect of Ockham's modal theory, viz., the fact that modalities are defined as any term that can be predicated of a whole proposition, the importance of this point becomes clear. In conclusion, the author points out the different levels of analysis of alethic modalities within an ockhamist framework

    Contextualismo

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    Segundo a tese minimalista, todo efeito contextual sobre a avaliação de uma dada sentença resulta ou bem de uma variação nos parâmetros contextuais selecionados por morfemas indexicais, ou bem de uma mudança nas circunstâncias de avaliação. O contextualismo coloca dois tipos de desafio a esta tese. Por um lado, em pelo menos alguns casos, diferentes ocorrências de uma mesma sentença parecem ter avaliações divergentes que não podem ser explicadas pela tese minimalista. Por outro, parece haver asserções que são avaliadas relativamente a parâmetros que não são selecionados pelos morfemas utilizados pelo falante. As motivações contextualistas não se limitam a estes desafios. Uma motivação positiva é a associação de diferentes esquemas conceituais a um mesmo lexema. Outra motivação reside na dimensão implícita do pensamento e da ação, o que se traduz em elementos não articulados de asserções. Em ambos os casos, o contexto desempenha um papel na determinação da proposição expressa.Abstract: According to the minimalist thesis, every contextual effect on the evaluation of a sentence results either from a change in the contextual parameters selected by indexical morphemes or from a va riation in the circumstances of evaluation. Contextualism presents two challenges to that thesis. On the one hand, at least in some cases, different occurrences of the same sentence seem to have opposite eval uations that cannot be explained by the minimalist thesis. On the other, some assertions seem to be evaluated relative to parameters that a re not selected by the morphemes used by the speaker. Contextualist motivations however are not restricted to those challenges. One constructive motivation is the association of different conceptual schemes with the same lexeme. Another motivation lies in the implicit dime nsion of thoughts and actions, that leads to unarticulated elements of assertions. In both cases, context plays a role in the determination of the expressed proposition.Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Faculdade de Letras da Universidade de Lisbo

    A explicação ockhamiana de proposições passadas, ou instruções para um aprendiz

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    Na semântica ockhamiana, o predicado ‘verdadeiro’ deriva de uma outra relação semântica mais fundamental, a relação de suposição. O autor mostra como esta relação de dependência entre dois predicados semânticos figura na análise das condições de verdade de proposições passadas, um modelo que pode ser estendido a proposições futuras e possíveis. O texto procura indicar como a explicação das condições de verdade de proposições possíveis situa a semântica das modalidades aléticas em continuidade com a semântica de proposições não presentes. Este último ponto ganha em interesse se o colocarmos ao lado de um outro aspecto da teoria modal ockhamiana, a saber, o fato de modalidades serem definidas como todo termo que pode ser predicado de proposições inteiras. Como conclusão, o autor expõe os diferentes níveis de análise de modalidades aléticas, dentro do quadro teórico ockhamiano

    Externalizando a Reflexão

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    A principal crítica do internismo a teorias externistas é que elas parecem fazer o conhecimento o resultado de processos que permanecem inacessíveis ao sujeito. Epistemologias externistas buscaram acomodar esta exigência, como é o caso da epistemologia de Sosa. A incorporação das exigências internistas não se faz sem tensões – no caso de Sosa, os mecanismos reflexivos podem ser inacessíveis ao sujeito. Na medida em que buscamos compreender como podemos conhecer e refletir sobre nossas próprias crenças, encontramos mecanismos externos ao sujeito que não podem ser internalizados: a dinâmica conversacional e o conhecimento científico dos mecanismos de funcionamento da cognição. A externalização do saber se estende para o conhecimento cientifico de maneira muito ampla. Uma pessoa que só tomasse como verdadeiro aquilo que pode provar (ou mesmo que pode compreender) seria alguém que recusaria boa parte do saber humano. Para todo leigo – isto é, para todo mundo, num ou noutro domínio –, assumir o que é produzido pela cultura é tomar como verdadeiras crenças cujo conteúdo resta opaco. Como exige um internista, o funcionamento interacional da razão não envolve mecanismos cegos à perspectiva do sujeito e não conceitualizados, mas, ao contrário, leva precisamente à articulação e à tomada de consciência das teses apresentadas. Este conhecimento não pode, contudo, ser internalizado. A externalização do conhecimento é um traço profundo do conhecimento e, mais geralmente, da cultura humana. No contexto de uma teoria evolutiva da cultura, muitos autores defendem, de diferentes modos, que a cultura humana é essencialmente social. O que talvez não seja tão usual seja conectar teorias mais gerais da evolução da cultura com preocupações tradicionais da epistemologia. Espero mostrar que este é um caminho frutífer

    Fiabilismo

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    A tese central do fiabilismo é que uma crença verdadeira é conhecimento apenas se foi produzida por um mecanismo que tende a gerar crenças verdadeiras. Como tanto o processo que gera uma dada crença quanto sua propensão a produzir crenças verdadeiras podem não ser apreendidos pelo sujeito a quem se atribui o conhecimento, o fiabilismo é uma teoria externista. A principal fonte de críticas ao fiabilismo reside precisamente na desvinculação entre o que torna crenças meramente verdadeiras conhecimento e a perspectiva do sujeito. As diferentes versões do fiabilismo são diferentes respostas a esta crítica, quer pela aproximação com as ciências cognitivas e com o projeto naturalista, quer pela proposição de uma epistemologia da virtude.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    O espaço social da dúvida - Negacionismo, ceticismo e a construção do conhecimento

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    À primeira vista, pode-se pensar que toda restrição à dúvida é contrária à progressão do conhecimento e antidemocrática. Este argumento é utilizado por diferentes sabores de negacionismo. No entanto, um exame do modo como funcionam dúvidas nos mostra que existem exigências epistêmicas para a legitimidade da dúvida que não são satisfeitas pelos negacionismos. Uma consequência deste argumento é que a normatividade epistêmica não é absorvida pela normatividade política. A especificidade da normatividade epistêmica, que explica porque a dúvida de negacionistas não é legítima, desaparece em teorias construtivistas. Teses construtivistas resultam de uma confusão entre o fato de teorias serem construtos sociais e a tese que elas constroem os fatos sobre os quais portam a teoria ela mesma. A legitimidade da dúvida depende de processos sociais de filtragem epistêmica. Os filtros epistêmicos socialmente construídos refletem um fato profundo da evolução da cultura humana: a produção cumulativa, social e assimétrica do conhecimento

    Linguagem e interpretação: o recurso à linguagem mental em Ockham

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    Na semântica de Guilherme de Ockham é de fundamental importância o recurso à linguagem mental. Examina-se no presente texto o recurso à linguagem mental para mostrar o modo como ela chega a sentenças compostas que significam sem qualquer comprometimento quanto à realidade psíquica dos atos a que cheg
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